A Cariama foi construída a alguns anos atrás, pela Suely Maria Sebba Fleury e seu marido Rubens Fleury. Pedimos um depoimento dela de como tudo começou e olha que linda a história da Cariama Pousada Residence:

 

“Realizei um sonho não sonhado.

Há uns 50 anos, compramos um lote de 500m2, neste local onde hoje está a Pousada Cariama. Esta rua era bem “longe” do centro, nem rua era. As pessoas da cidade a chamavam de a “rua da praia”. Onde eram jogadas as palhas de pamonha, que hoje é o Hotel Jalim. Construímos uma casinha bem pequena, porém bonitinha. Não era murada, tinha cerca de arame igual à dos vizinhos.

A partir desta casinha, fomos adquirindo mais lotes até formarmos esta área de 3000m2. O processo foi longo, conforme a nossa condição financeira. Naquele tempo era permitido furar poço artesiano em busca de água quente. O processo era mais simples e contava com a sorte. Furamos e deu água quente. Foi uma festa.

 

A primeira piscina foi em um tanque bem rústico, tinha que tomar muito cuidado para não machucar... uma delícia. A partir daí fizemos essa piscina que aí está. Era maior que a casa. Piscina pronta, melhoramos a casa. Os amigos queriam passar um final de semana e queriam pagar. Eu dizia: Pagar? Não aceitava.

 

Nesta mesma época começamos o jardim, a estrutura é esta que aí está. Ficou bem legal, acho eu. Eu gosto de jardim meio floresta. Minha paixão.

Vale ressaltar que quando adquirimos o 1º lote tinha apenas: mangueira, goiabeira e o abacateiro.

Com o passar do tempo, fui convencida a alugar a casa. Para estabelecer preço da diária foi difícil, eu não tinha referência. Aluguei em dólar, cruzeiro, cruzado etc.

As pessoas levavam o dinheiro em casa, em Goiânia, informal. Clientela crescendo, resolvemos fazer outra casa, onde antes era grama. E assim foi, por muitos anos. Alugava bastante e por longos anos, as duas casas. Casa 1 onde hoje é a pousada, e casa 2 a residence.

 

Depois de vários anos, não sei precisar exatamente quantos, uma noite estava na casa 1, eu e meu marido Rubens sentados debaixo da mangueira, lugar preferido de todos. Olhei bem pra casa, para o jardim e disse: “Vamos transformar esta casa em uma pousada?” Nunca tinha pensado e nem falado nesta possibilidade. O Rubens me disse: “Que ideia é essa? Vamos dormir, amanhã conversamos.”

Assim foi feito. Conversamos, construímos o que aí está. Vale ressaltar que já tinha a piscina maior, o jardim já formado, a sauna e a churrasqueira. O Nome Cariama, originou de uma fazendinha que tínhamos em Caldas Novas. Ficamos com a Pousada por 21 anos.

Creio que fiz um bom trabalho e grandes amigos.

Foi gratificante.”